Segundo dados da Associação dos Registradores Imobiliários de São Paulo (Arisp), entre março de 2018 e 2019, em comparação com os 12 meses anteriores, diminuiu a quantidade de imóveis retomados em razão de falta de pagamento do financiamento. O número de imóveis recuperados pelas instituições financeiras, equivale a menos de 1% das transações ocorridas.
O número de execuções extrajudiciais de imóveis adquiridos com créditos vinculados a alienação fiduciária também teve queda de cerca de 22,9%, entre abril do ano passado e março de 2019. Patrícia Ferraz, da Arisp, justifica o ocorrido informando que após o advento da lei de alienação fiduciária (Lei nº 9.514/97), os financiamentos vêm aumentando e os juros, diminuindo, dada a facilidade de retomada do bem.
Anteriormente, a quase totalidade dos financiamentos imobiliários eram garantidos por hipoteca, em que a execução depende exclusivamente do Poder Judiciário, levando cerca de 6 a 10 anos para se concluir. Hoje, grande parte dos financiamentos é garantida pela modalidade de alienação fiduciária, em que o imóvel pode ser recuperado rapidamente (cerca de 3 meses), em caso de inadimplência.