01 Maio de 2017, Economia
Por MÔNICA SCARAMUZZO
Primeira Pessoa
Luiz Sette, sócio do Azevedo Sette Advogados
“É preciso criar novas regras para negociar com o setor público”
Representante de grandes grupos nacionais e multinacionais, como Andrade Gutierrez, a concessionária de rodovias CCR, o Grupo Pão de Açúcar, seguradora Mapfre, Localiza e Mercedes-Benz, o escritório Azevedo Sette acredita que 2017 tem superado as expectativas e vê 2018 com mais otimismo. “Nosso escritório vive e atua em função de nossos clientes. Se eles sofrem, sofremos juntos. Nós acompanhamos evolução deles (por ter uma relação longo prazo)”, disse Luiz Sette, sócio do Azevedo Sette.
- O cenário atual está mais favorável ao fechamento de negócios?
(LAS) Enxergamos 2017 e 2018, sobretudo, com muito otimismo. O momento atual do Brasil é delicado e temos que aproveitar este momento para fazer a coisa certa. Existe um apetite por Brasil – seja por grandes fundos ou grupos internacionais. A queda gradual dos juros já mostra que o País está no caminho certo. O País vai se beneficiar com a realocação de capital estrangeiro.
- Mas ainda há investidores cautelosos. Esses potenciais investimentos serão canalizados para setores específicos?
(LAS) O setor de infraestrutura tem uma demanda maior, sobretudo para energia. Mas vejo grande movimentação para o agronegócio, saúde, educação. Sem falar que no setor de tecnologia, o fechamento de negócios não deixou de ocorrer.
- Como a Operação Lava Jato vai mudar a maneira de se fazer negócio?
(LAS) É preciso criar uma nova regra para se fazer negócio com o setor público. A Lava Jato traz uma discussão grande sobre esse tema. O poder público tem uma importância grande para manter a economia girando. Quanto mais transparência o Brasil indicar, é mais fácil atrair todo tipo de capital.
- Quais são as apostas do escritório para este ano?
(LAS) Nossa área de compliance está mais robusta e as operação de infraestrutura e de fusões e aquisições têm crescido. Participamos, também, do processo de abertura de capital do Hermes Pardini, que foi um dos primeiros do ano.