Encarecimento do setor da Construção Civil


Encarecimento do setor da Construção Civil


O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M), em dezembro/2020 (0,88%), desacelerou em relação aos três meses precedentes. Mesmo assim, o resultado continuou a encarecer as atividades do setor, com variação de 8,66% em 2020. 

O maior responsável foi o aumento dos custos de materiais e equipamentos (19,13%), com alguns insumos ficando até 50% mais caros. O maior peso veio dos materiais para estrutura (2,94%), com destaque para os metálicos (5,12%). Dentre os materiais para acabamento (1,44%), a maior alta coube às esquadrias e ferragens (2,10%). Contendo a alta, mão de obra e serviços tiveram variações menores que em 2019.

Além dos condutores elétricos, tubos e conexões de PVC, tubos e conexões de ferro e aço e eletrodutos de PVC, todos tiveram variação superior a 35%. Também apresentaram altas expressivas vergalhões e arames de aço ao carbono, cimento portland comum e tijolo/telha cerâmica, quase 30% mais caros.

Nas capitais monitoradas, o aumento do custo da construção em 2020 foi maior no Recife (10,23%), seguido por Salvador (9,46%) e Rio de Janeiro (9,14%). Apenas Belo Horizonte (7,98%) e Brasília (7,20%) apresentam variação do INCC abaixo da média nacional no acumulado do ano.

O encarecimento desses insumos foi causado pela paralisação parcial das produções industriais após a chegada da covid-19 ao Brasil, diante da expectativa de queda acentuada na demanda, algo que não se concretizou, agravado pela lentidão com que a indústria retoma suas atividades e pelo aumento do preço de insumos industriais corrigidos pelo dólar.